Não ignore esse crescimento na pele — pode ser um sinal grave

ENTRETENIMENTO

Manchas pigmentares, conhecidas como pintas ou nevos, geralmente são formações inofensivas compostas por células com pigmento acumulado.

Desde que mantenham uma forma simétrica, coloração uniforme e tamanho estável, não há razão imediata para preocupação.

Contudo, quando uma pinta muda subitamente de aparência – seja no formato, na tonalidade ou no volume – ou começa a coçar, sangrar ou formar crostas, pode ser um sinal precoce de melanoma, um tipo perigoso de câncer de pele.

Identificar essas alterações com antecedência é essencial, pois quanto mais cedo houver diagnóstico, maior é a chance de sucesso no tratamento.

Dermatologistas indicam um método prático e confiável para reconhecer sinais suspeitos: a regra do ABCDE.

Primeiro, é importante observar se os dois lados da pinta são iguais. Pintas benignas costumam ter formato circular ou oval bem definido.

Se uma metade não corresponde à outra, isso pode indicar risco. Os contornos também devem ser bem delimitados – bordas irregulares, dentadas ou desfocadas são motivo de atenção.

A coloração deve ser homogênea. Uma pinta que apresenta diversas cores – como preto, vermelho, azulado ou branco – pode requerer avaliação médica imediata.

Outro ponto crucial é o tamanho. Lesões maiores que 6 milímetros (aproximadamente o diâmetro de uma borracha de lápis) merecem ser examinadas.

Mas talvez o fator mais importante seja a evolução da pinta com o tempo – se ela cresce, escurece, muda de textura ou apresenta sintomas novos, o risco é elevado.

Além das pintas, existem outras alterações na pele que não devem ser ignoradas e também merecem atenção.

A ceratose actínica, por exemplo, é uma área áspera e descamativa causada pela exposição solar prolongada e pode anteceder o carcinoma espinocelular.

O carcinoma basocelular costuma se manifestar como um nódulo de aparência perolada ou cerosa, aparecendo principalmente nas áreas mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e ombros.

Já o carcinoma espinocelular pode se apresentar como um caroço avermelhado e firme ou uma lesão achatada com superfície áspera e persistente.

A ceratose seborréica é uma lesão benigna, frequentemente marrom ou preta, com aparência de estar “colada” à pele – ainda assim, pode causar preocupação por parecer uma formação maligna.

Sinais de alerta também incluem o surgimento repentino de novas lesões ou o crescimento acelerado de alguma já existente.

Sensações como coceira constante, dor ou sangramento ao redor da região também são indicadores de que algo não vai bem.

Outro ponto preocupante é a alteração da pigmentação que ultrapassa os limites da pinta, ou uma ferida que persiste e não cicatriza.

Uma das práticas mais eficazes é realizar o autoexame cutâneo uma vez por mês.

Com boa iluminação e o auxílio de espelhos, examine todas as áreas do corpo – inclusive couro cabeludo, planta dos pés, costas e unhas.

O objetivo é perceber qualquer anormalidade nova ou mudança nas marcas já existentes.

Se surgir qualquer dúvida, agende uma consulta com um dermatologista. O especialista poderá analisar a lesão com ferramentas apropriadas, realizar biópsias ou recomendar a retirada, se necessário.

Proteger a pele contra os danos do sol também é fundamental. Use protetor solar com fator de proteção mínimo de 30 todos os dias, mesmo em dias nublados.

Evite se expor ao sol entre 10h e 16h, quando a radiação ultravioleta é mais intensa. Roupas de proteção, chapéus e óculos escuros ajudam a reduzir os danos solares.

O uso de câmaras de bronzeamento artificial é extremamente perigoso – estudos apontam que podem aumentar em até 75% o risco de desenvolver melanoma.

Um caso real ilustra bem a importância da atenção precoce. Sabrina, professora de 42 anos, negligenciou por anos uma pinta no braço, achando que era apenas um sinal comum da idade.

Com o tempo, a pinta ficou mais escura e irregular, até que finalmente procurou um dermatologista.

O diagnóstico: melanoma. Felizmente, ela foi atendida a tempo e a lesão foi removida antes de se espalhar.

Hoje, Sabrina alerta: “Se notar algo estranho na sua pele, não espere. Um gesto pequeno pode salvar sua vida.”

O câncer de pele não escolhe vítimas, mas informação e prevenção nos colocam em vantagem.

O corpo dá sinais – a questão é se estamos prontos para escutá-los e agir a tempo.

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