Encanador Encontrou Sua Foto na Parede e Surpreendeu Todos

ENTRETENIMENTO

Numa tarde aparentemente comum, o encanador experiente Alexei Smirnov recebeu uma ligação urgente.

Um senhor de idade solicitava conserto imediato: a torneira do banheiro em sua casa de campo estava pingando constantemente.

O endereço ficava num condomínio de luxo nos arredores da cidade, cerca de trinta quilômetros distante, e Alexei, acostumado com esse tipo de chamado, não imaginou nada fora do normal.

Mal sabia ele que essa visita de rotina se transformaria em um dos episódios mais enigmáticos e impactantes de sua vida.

Ao chegar no local indicado, algo de imediato chamou sua atenção. A casa parecia abandonada há anos.

Paredes descascadas, rachaduras profundas no reboco, janelas empoeiradas e quebradas, o jardim tomado por ervas daninhas, e a antiga caixa de correio pendia enferrujada, rangendo ao vento.

Era um cenário de total negligência, um lugar que transparecia silêncio e esquecimento. Ainda assim, ao tocar a campainha, uma senhora idosa abriu a porta. Seus olhos demonstravam confusão e um certo receio.

— A torneira está lá em cima, no segundo andar. Pode subir, por favor — murmurou, com a voz fraca, quase temerosa. Alexei assentiu e subiu os degraus que gemiam sob seus pés, mergulhando no ambiente sombrio e silencioso da casa.

No corredor do andar superior, quadros antigos decoravam as paredes. Retratos em preto e branco, alguns amarelados pelo tempo, emoldurados com requinte envelhecido. O ar estava pesado, como se o tempo tivesse parado ali.

Enquanto caminhava, algo o fez parar. Um retrato em especial o deixou estático.

Um rosto masculino o encarava da moldura, e embora tentasse desviar o olhar, não conseguia.

Aquelas feições — o formato dos olhos, a curva do nariz, a linha da mandíbula — eram assombrosamente semelhantes às suas. A moldura preta ao redor da foto era claramente de luto, e abaixo dela lia-se: “Aleksandr Voronski, 1986–2010”.

Alexei sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Aquele rosto parecia o seu refletido num espelho do passado, manchado por tragédia e mistério.

Com passos lentos e involuntários, continuou até o banheiro, mas as mãos tremiam enquanto consertava a torneira. O retrato não lhe saía da mente.

Ao concluir o serviço, reuniu coragem e voltou ao corredor. Sentia que precisava perguntar.

— Me desculpe… posso fazer uma pergunta um tanto estranha? Quem é o homem daquela fotografia? Ele se parece muito comigo.

A senhora parou por um instante. Seu semblante mudou. Um misto de espanto, tristeza e perplexidade tomou conta de sua expressão.

— Era meu irmão, Aleksandr. Faleceu num acidente de carro há quinze anos — sussurrou, com os olhos marejados. — É curioso… sua semelhança com ele é impressionante. Até sua voz lembra a dele.

O coração de Alexei apertou de forma estranha.

Algo dentro dele dizia que aquilo não era simples coincidência. — A senhora tem certeza de que eram irmãos de sangue? — perguntou com delicadeza, sentindo que havia algo escondido naquela casa.

A mulher franziu a testa e desviou o olhar.

— Sim… embora… nosso pai costumava contar que houve uma confusão na maternidade quando Aleksandr nasceu.

Disseram que as fichas dos bebês tinham sido trocadas. Mais tarde garantiram que tudo foi corrigido, mas ele às vezes falava disso brincando, outras vezes com um ar sério.

Nunca tivemos certeza se era verdade ou apenas uma história mal contada.

Esse mistério pairava como névoa sobre o ambiente. Como se o próprio imóvel guardasse as feridas do passado e uma verdade encoberta pela poeira do tempo.

Alexei sentiu que não havia apenas consertado um vazamento. Tinha, de certa forma, tocado as bordas de um drama familiar esquecido.

Ao virar-se para ir embora, lançou um último olhar aos quadros no corredor, e teve a clara sensação de que aquela casa não era apenas uma moradia: era um relicário de segredos onde o ontem ainda sussurrava ao hoje.

De forma inesperada, ele se tornara parte dessa narrativa, como se o acaso — ou talvez o destino — o tivesse colocado ali por algum motivo maior.

Na viagem de volta para casa, Alexei não conseguia afastar o pensamento de que a vida às vezes nos conduz por caminhos carregados de enigmas,

revelando conexões que só o tempo, a memória e os encontros improváveis conseguem nos mostrar — como fios invisíveis que unem histórias, mesmo após muitos anos de silêncio.

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