«Por que os cães uivam à noite? As verdadeiras causas e crenças surpreendentes!»

ENTRETENIMENTO

Se você tem um cachorro ou mora em um lugar onde é comum ouvir latidos ou uivos, provavelmente já percebeu que, à noite, alguns cães têm uma tendência especial a uivar.

Esse som pode soar estranho e, para muitas pessoas, até mesmo incômodo — especialmente quando acontece com frequência.

No entanto, o uivo noturno dos cães está longe de ser aleatório e pode ter várias causas — desde instintos primitivos até questões emocionais ou mesmo de saúde.

Apesar de domesticado há séculos, o cão ainda mantém forte ligação genética com o lobo. No ambiente selvagem, os lobos usavam o uivo como meio de comunicação.

Através dele, informavam a matilha sobre sua localização ou avisavam intrusos para manter distância. Nos cães domésticos, essa forma de se expressar continua presente, mesmo que com significados diferentes.

O cão não uiva por malícia, mas porque está tentando comunicar algo — na linguagem que conhece.

Uma das razões mais comuns pelas quais os cães uivam durante a noite é a resposta a estímulos sonoros.

O ouvido canino é extremamente sensível e, no silêncio noturno, eles percebem sons distantes ou sutis que os humanos nem sequer notam.

Pode ser o uivo de outro cachorro, o som de uma sirene ao longe, ou até mesmo o barulho de um portão fechando. Para o cão, qualquer som desses pode ser suficiente para provocar uma reação — e essa resposta é o uivo.

Mas os estímulos externos não são os únicos responsáveis por esse comportamento. O estado emocional do cachorro também tem grande influência.

Sentimentos como solidão, desconexão ou ansiedade de separação podem fazer com que o animal tente “conversar” com seu tutor por meio do uivo. Nesses casos, o uivo é um pedido de atenção.

Esse comportamento é mais comum em cães que passam muito tempo sozinhos ou que não têm uma rotina bem estabelecida com seus donos.

Muitas vezes, o cachorro aprende que, ao uivar, alguém se aproxima, fala com ele, faz carinho ou oferece algo.

Assim, ele associa o uivo a uma forma eficaz de conseguir atenção — e repete o comportamento, mesmo que não esteja sofrendo, apenas por hábito.

Há também casos em que o tédio é o fator principal.

Um cão que não gasta energia suficiente durante o dia, que não brinca ou não tem estímulo mental, pode liberar essa energia reprimida à noite — muitas vezes através do uivo.

Contudo, por trás do uivo podem haver sinais de algo mais sério.

Se o cachorro uiva com frequência, por longos períodos e de forma inquieta — especialmente se isso for algo novo — é importante observar se há outros sintomas associados.

Falta de apetite, apatia, tremores ou irritabilidade podem indicar dor ou alguma enfermidade, sendo necessário consultar um veterinário.

Curiosamente, em diversas culturas, o uivo do cão sempre esteve cercado de interpretações místicas. Algumas pessoas acreditam que os cães veem espíritos e uivam para alertar sobre suas presenças.

Outras tradições populares dizem que o uivo canino anuncia a chegada da morte de alguém próximo.

Embora essas crenças não tenham base científica, revelam como o cão é visto como um ser sensível, com uma conexão especial com o invisível.

E o que fazer quando o cachorro uiva constantemente à noite? Em primeiro lugar, certifique-se de que ele tenha atividade física e atenção suficiente ao longo do dia.

Um cão cansado mental e fisicamente tende a dormir de forma mais tranquila. Estabelecer rotinas, como passeios noturnos, momentos de carinho e tempo juntos, pode ajudar bastante.

Alguns cães dormem melhor ouvindo uma música suave ou em locais cobertos, onde se sentem protegidos.

Se o uivo persistir mesmo com todos esses cuidados, o ideal é buscar a orientação de um adestrador ou especialista em comportamento canino.

Eles podem identificar a raiz do problema e propor soluções personalizadas.

Cães não uivam sem razão. Cada uivo carrega um instinto, uma emoção ou uma resposta a algo que o animal percebe.

Com atenção e sensibilidade, podemos compreender melhor esses sinais e aprofundar ainda mais nosso vínculo com esses fiéis companheiros de quatro patas.

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