Hoje vivo sozinha – ou melhor, estou mais livre do que nunca. Sinto-me completa, mesmo sem um relacionamento ao meu lado.
Não sinto mais a necessidade de iniciar um novo relacionamento, e essa paz interior me permitiu perceber algo realmente importante: durante todo o meu casamento,
sempre coloquei as necessidades dos outros acima das minhas, esquecendo de mim mesma.
Eu era a pessoa que constantemente colocava meu marido e meus filhos em primeiro lugar, suprimindo meus próprios desejos e sonhos.
As necessidades do meu marido sempre foram mais importantes, e eu renunciei à minha própria felicidade para que ele e a família estivessem bem.
Agora, estando sozinha, sei que em um relacionamento, não basta cuidar do outro, mas também é essencial cuidar de si mesma e respeitar a própria identidade.
Após 35 anos de casamento, quando eu pensava que já tínhamos construído tudo juntos, meu marido me deixou por uma mulher mais jovem.
Ele se acostumou com o fato de que eu sempre estava lá para cuidar dele, sem valorizar isso.
Mas quando eu precisei de apoio, ele se afastou de mim. As críticas que recebi já não eram apenas palavras, mas lanças dolorosas que iam cada vez mais fundo.
Após o divórcio, quando senti que o mundo desabava, minhas filhas se tornaram minha força e meu alicerce.
Elas me lembraram de que a vida continua, que, apesar das dificuldades, ainda há um futuro, e que minha felicidade não depende de um homem.
Elas me ensinaram a encontrar alegria, mesmo nos momentos mais difíceis.
Hoje sou capaz de aproveitar cada momento que dedico a mim mesma, e não sinto mais a necessidade de depender de ninguém para ser feliz.
Minha vida agora é completamente diferente. Percebi que minha felicidade não está nos relacionamentos, mas sim em como me vejo e como enxergo o mundo ao meu redor.
Não posso permitir que meu ex-marido volte para minha vida, e, aconteça o que acontecer, tenho certeza de que nunca irei perdoá-lo.
Minha vida seguiu em frente, e agora estou totalmente focada em mim mesma.
