A palavra «hidroponia» tem origem nos termos gregos “hydro” (água) e “ponos” (trabalho), e representa um método inovador de cultivo de plantas sem o uso de solo.
Neste sistema, as plantas se desenvolvem em soluções nutritivas dissolvidas na água, o que é especialmente vantajoso em locais com pouco espaço, escassez de água ou onde a sustentabilidade é uma prioridade.
A jardinagem hidropônica, além de prática, está se tornando cada vez mais popular em ambientes urbanos – uma varanda, parapeito ou canto da cozinha já são suficientes para montar um minijardim.
A hidroponia oferece uma série de benefícios. As plantas crescem mais rápido – até 25% mais – e produzem mais colheitas do que aquelas cultivadas em terra.
O consumo de água é drasticamente reduzido, já que o sistema reaproveita o líquido em um ciclo fechado, economizando até 90% em comparação com os métodos tradicionais.
Por ser compacta, a estrutura se adapta bem a apartamentos e, sem solo, o risco de pragas e doenças de origem terrestre diminui consideravelmente.
Existem diversos tipos de sistemas hidropônicos, o que permite que cada pessoa escolha o mais adequado. O modelo mais simples é o sistema de pavio, onde a solução nutritiva sobe por um cordão até o substrato.
Na cultura de águas profundas (DWC), as raízes ficam suspensas em uma solução oxigenada que fornece nutrientes diretamente.
A técnica do filme nutritivo (NFT) utiliza um fluxo contínuo de solução fina que passa pelas raízes. O sistema de fluxo e refluxo alterna inundações e drenagens, alimentando as plantas periodicamente.
O sistema de gotejamento entrega os nutrientes de forma precisa, enquanto na aeroponia as raízes ficam no ar e recebem uma névoa rica em nutrientes.
Montar um sistema DWC em casa é mais simples do que parece.
Você vai precisar de um recipiente plástico grande, uma bomba de ar com pedra difusora, solução nutritiva própria para hidroponia, um kit de controle de pH, alguns vasos vazados,
um pouco de substrato (como argila expandida ou lã de rocha), sementes ou mudas, e uma tampa com furos para encaixar os vasos.
Encha o reservatório com água, instale a pedra difusora conectada à bomba, encaixe a tampa sobre o recipiente e posicione os vasos de forma que as raízes toquem a solução.
Depois, ajuste o pH da água, plante as sementes ou acomode as mudas no substrato, e monitore regularmente o nível da água, os nutrientes e o crescimento das plantas.
A luz e a temperatura são fatores decisivos. Se a luz natural for insuficiente, vale investir em lâmpadas de LED específicas para cultivo. A temperatura ideal gira em torno de 20 a 22°C.
Observar as plantas diariamente ajuda a detectar carências, pragas ou anomalias precocemente. A limpeza do sistema também é crucial – um ambiente higienizado evita muitos problemas.
Construir seu próprio sistema hidropônico é uma atividade gratificante e, com o tempo, extremamente vantajosa: você terá alimentos frescos à disposição o ano todo.
Manjericão, alface, morango ou tomate – seu jardim sem terra pode se tornar uma fonte constante de sabor e satisfação.
Com dedicação, atenção aos detalhes e vontade de experimentar, a hidroponia pode representar uma verdadeira revolução verde dentro da sua casa.