Irmã levou o marido grávida pediu ajuda

ENTRETENIMENTO

Minha “perfeita” irmã mais nova, Stacy, roubou meu marido enquanto eu estava grávida. Meu mundo inteiro desmoronou. Ela sempre achou que era melhor do que eu — e, no fim, conseguiu o que queria.

Mas a vida tem um jeito curioso de virar tudo de cabeça pra baixo. Quando o mundo de Stacy desabou, foi até minha porta, implorando pela minha ajuda.

Passei a vida inteira me sentindo em segundo plano.

Por mais que eu me esforçasse, nunca era o bastante para os nossos pais. Trazia boas notas, mantinha meu quarto limpo, fazia de tudo para que se orgulhassem de mim.

Mas nunca bastava. Stacy era o centro das atenções. Enquanto eu me dedicava aos estudos e ajudava em casa, ela ganhava medalhas nas competições de natação.

Toda a atenção dos nossos pais era voltada para ela. Todo o tempo livre deles girava em torno das vitórias da Stacy. E eu fui desaparecendo aos poucos.

A única pessoa que realmente me enxergava era minha avó. Sempre me recebia com carinho e me levava para sua casa, onde eu podia sentir o calor humano que não tinha em casa.

De muitas formas, foi ela quem me criou. Passei as férias e muitos fins de semana com ela. Me ensinou a cozinhar, assistíamos filmes antigos juntas, e, com ela, eu sentia que tinha valor.

Quando terminei o colégio, meus pais sequer tentaram disfarçar a indiferença. Apenas disseram que era hora de eu seguir sozinha.

Minha avó me ajudou a fazer as malas e me levou para a universidade quando consegui uma bolsa de estudos.

Aquela bolsa foi minha porta de saída. Quando completei dezoito anos, recusei qualquer ajuda financeira dela.

Ela já havia feito demais por mim. Quando consegui um bom emprego e finalizei a faculdade, pude, finalmente, dizer a ela que agora era minha vez de retribuir.

Me casei com Henry. Minha avó nunca foi com a cara dele — sempre dizia que havia algo estranho — mas eu acreditei no amor dele.

Ultimamente, ela estava ficando cada vez mais fraca, e eu sentia que precisava vê-la. Algo dentro de mim dizia que não estava tudo certo.

Nos sentamos à mesa da cozinha, tomando chá. Ela mexia a colher devagar, olhando a xícara. Então, ergueu os olhos e me perguntou:

— Você ainda está com Henry?

Fiquei paralisada, segurando a caneca com mais força. — Claro — respondi. — Ele é meu marido.

Ela não desviou o olhar. — E as traições dele?

A pergunta me atingiu como um soco. Me remexi desconfortável na cadeira. — Ele prometeu que não faria mais isso — disse baixinho.

— E você acredita mesmo? — perguntou com doçura.

— Estou tentando… Ele diz que me ama. Preciso acreditar nisso. — Respirei fundo antes de completar: — Estou grávida. Quero que meu filho tenha um pai.

Minha avó não mudou o tom. — Isso não é amor, May.

— Ele me enxerga — tentei convencer a mim e a ela.

— Então por que ele passa tanto tempo com seus pais e com a Stacy? — perguntou com calma.

Virei o rosto. — Eu também falo com eles… só não tanto — murmurei.

— Exatamente. — Suspirou fundo. — Não quero te machucar, mas uma amiga minha viu o Henry e a Stacy juntos em um restaurante.

Meu estômago deu um nó. Mal consegui respirar. — O que você está tentando dizer? — perguntei com a voz trêmula.

— Talvez Stacy não suportasse ver você feliz — disse em voz baixa.

— Isso é ridículo! — rebati, sentindo o coração acelerar. — Não quero continuar essa conversa!

Peguei minha bolsa e me levantei. Não conseguia ouvir mais nada. Fui em direção à porta, quando ouvi sua voz — suave, mas preocupada.

— May, querida, eu só quero te ajudar — falou gentilmente. Mas eu já tinha saído.

No caminho para casa, a raiva borbulhava dentro de mim.

Como ela pôde dizer aquilo? Henry cometeu erros, mas estava tentando consertar. E a Stacy… podia ser egoísta, mas aquilo era demais.

Ao virar na garagem, desliguei o carro e respirei fundo. Precisava me acalmar.

Mas assim que entrei, algo parecia errado. Ouvi sons abafados vindos do andar de cima. Barulhos que não pertenciam àquele ambiente. Meu coração disparou conforme subi as escadas.

Minhas mãos tremiam quando toquei a maçaneta do quarto. Abri a porta… e fiquei em choque.

Henry e Stacy. Na minha cama.

As lágrimas escorriam. Fiquei paralisada. O mundo congelou. Henry foi o primeiro a me notar.

Seus olhos se arregalaram de pânico enquanto ele vestia as roupas às pressas.

— May! O que você está fazendo aqui?! — gritou desesperado.

— O que eu estou fazendo na minha própria casa?! — berrei, a voz falhando.

— Achei que você estivesse com sua avó! — respondeu rapidamente, vestindo a camisa.

— Isso é tudo que você tem a dizer?! — gritei, chorando. — Te pego com a minha irmã e essa é sua justificativa?!

— E daí? — disse Stacy, com um sorriso sarcástico. — Sempre fui melhor que você. Não é surpresa que o Henry finalmente percebeu.

— Como você se atreve?! — gritei, tomada pela fúria.

— Mas é verdade — disse Henry, frio. — Stacy é mais bonita. Está sempre arrumada, maquiada, mantém a forma.

— E não trabalha! — retruquei.

— Um emprego não é tudo — deu de ombros. — E vamos ser sinceros… você engordou.

Meu estômago se revirou. Instintivamente, coloquei a mão sobre minha barriga. — Porque estou GRÁVIDA! ESTOU ESPERANDO O SEU FILHO! — gritei.

O rosto dele endureceu. — Não tenho certeza se esse filho é meu — disse. — Conversei com a Stacy… e tenho dúvidas.

Fiquei boquiaberta. O ar me faltava. — Você está falando sério?! Você é quem me traiu, não eu!

— Talvez você também tenha traído — disse ele, cruzando os braços como se fosse a vítima.

— É isso mesmo! — completou Stacy, com desdém.

— Cala a boca! — gritei para ela, as mãos tremendo.

— Ela pode falar o que quiser — rebateu Henry. — Pra mim, acabou. Quero o divórcio.

— Você não pode estar falando sério! — gritei, o coração em disparada.

— Estou. Faça as malas e saia hoje à noite — disse friamente. — A casa está no meu nome.

Soltei uma risada amarga, enxugando as lágrimas.

— Vamos ver quanto tempo você aguenta sem mim — retruquei, virando-me para Stacy.

— Só pra você saber: Henry está desempregado há seis meses. Nem entrevistas consegue.

— E mesmo assim me deu presentes caros — respondeu Stacy com um sorriso convencido.

— Fico curiosa pra saber com que dinheiro — disparei, enojada.

Arrumei minhas coisas. Enfiei roupas em malas e saí da casa naquela mesma noite. Não tinha pra onde ir.

Meu coração estava em pedaços enquanto dirigia até o único lugar onde ainda me sentia segura. Parei em frente à casa da minha avó e toquei a campainha.

Quando ela abriu e me viu, não consegui mais segurar. As lágrimas caíram em cascata enquanto sussurrei: — Você estava certa.

Ela me acolheu em seus braços e me apertou forte. — Está tudo bem, minha querida. Vai passar — murmurou, acariciando meu cabelo.

Me divorciei do Henry e ele levou tudo. A casa, os móveis, até coisas que eu mesma comprei.

Só me restou o carro. Mas não me importei. Me senti livre. Minha avó foi a única que nunca me abandonou.

Ela me ofereceu abrigo, cuidou de mim, fez de tudo para que eu nunca me sentisse sozinha. Sou eternamente grata pelo amor dela.

Numa noite, enquanto eu dobrava roupas recém-lavadas, ela entrou no quarto em silêncio. Tinha uma expressão séria. Sentou-se ao meu lado, pegou minha mão e disse suavemente: — May, precisamos conversar.

Senti um aperto no peito. — O que aconteceu? — perguntei, temendo a resposta.

Ela respirou fundo. — Sua vida não pode girar em torno de um homem. Você tem valor por si só.

Foi nesse momento que compreendi. Percebi que minha vida era minha.

Não preciso de ninguém para ser feliz.

E acho que, pela primeira vez, sorri de verdade.

Minha avó me ensinou que a felicidade nasce dentro da gente.

Agora sei que sou capaz de tudo — desde que siga meu próprio caminho.

(Visited 241 times, 1 visits today)

Avalie o artigo
( Пока оценок нет )