Sou Maria, tenho 53 anos e estou casada há 32 anos.

ENTRETENIMENTO

Meu nome é Maria, tenho 53 anos e estou casada há 32 anos. Tenho duas filhas, que agora são adultas e independentes, mas os últimos anos da minha vida foram marcados por acontecimentos que nunca imaginei que passaria.

Meu casamento com Eduardo, no começo, parecia um conto de fadas, cheio de amor e promessas de felicidade. Mas, como muitas histórias, a realidade foi bem diferente.

Nos primeiros anos, nossa vida juntos foi harmoniosa, com os altos e baixos normais de qualquer relacionamento. Porém, em 1995, nossa realidade foi abalada por um imprevisto: perdemos nossa casa devido a uma dívida bancária.

Com duas filhas pequenas, me vi obrigada a voltar para a casa dos meus pais, uma situação que jamais pensei que enfrentaria. Embora fosse difícil e humilhante, fiz de tudo para manter a aparência de normalidade para as meninas.

Três anos depois, Eduardo tomou a decisão de ir para a França, em busca de melhores oportunidades, e eu, acreditando no nosso amor, decidi acompanhá-lo, deixando as meninas com meus pais.

A ideia era que, algum dia, poderíamos viver todos juntos novamente.Com o tempo, encontramos trabalho e conseguimos comprar um novo lar, o que nos deu um novo fôlego. No entanto, a felicidade não durou muito.

Estávamos distantes da nossa família, e a relação entre nós dois se esfriou de maneira irreversível. Enquanto eu e as meninas permanecíamos na Romênia, Eduardo foi construindo uma nova vida na França, com raras visitas e poucas ligações.

Foi nesse período que uma outra mulher apareceu na vida de Eduardo. Ele começou a mudar, a se afastar, e logo percebi que a pessoa com quem eu havia me casado não era mais a mesma.

Ele passou a falar mal das meninas, que sentiam falta do pai, e queria cortar ainda mais os laços com a família, como se nós fôssemos uma ameaça para o seu novo mundo.

Isso foi devastador para mim, especialmente para nossa filha mais nova, que sempre teve grande admiração por ele. Sentia que estava perdendo tudo o que acreditava ser real. Meu coração estava partido, e eu não sabia como seguir em frente.

No entanto, a vida não parou por aí. Aos poucos, fui encontrando forças para seguir. Concentrei-me no trabalho e comecei a redescobrir partes de mim mesma que havia deixado de lado.

Mas o sofrimento, a perda, nunca me deixaram completamente. Até que, um dia, Eduardo voltou. Ele estava sem emprego, sem dinheiro, e veio me pedir ajuda.Apesar de toda a dor, decidi ajudá-lo, esperando que ele tivesse mudado.

Perdoei-o, acreditando que ele poderia ser o homem que eu conheci novamente. Mas não. Ele não havia mudado. Continuou com seus erros, e a cada nova mentira, era como se uma parte de mim morresse.

Ele estava preso em um emaranhado de falsidades, e, embora eu soubesse da verdade, ainda tentava encontrar algum sentido nesse caos. Mas a pior parte veio quando ele viajou para a África e me contou sobre uma jovem de 24 anos com quem se envolvera.

Ela era mais jovem que nossas próprias filhas. A dor foi quase insuportável.Como ele pôde fazer isso? Como pôde me enganar dessa maneira, sabendo da verdade? No entanto, tentei me manter calma e controlar minhas emoções,

sem deixar que a dor tomasse conta de mim. Hoje, Eduardo mora na França e vem uma vez por mês para casa, mas o que mais me dói é que ele continua a negar suas ações, como se eu fosse ingênua o suficiente para acreditar nas mentiras.

Agora, ele vive com uma mulher quase 20 anos mais nova, e age como se nada tivesse acontecido. Como se pudesse me enganar para sempre. E aqui estou eu, confusa, cheia de raiva e frustração, sem saber qual caminho seguir.

Devo lutar por um casamento que claramente já não existe mais ou é hora de me libertar e encontrar a Maria que fui antes de tudo isso?Às vezes, me pergunto se a resposta está em finalmente deixar o passado para trás e buscar a felicidade novamente, por mim mesma. Eu mereço isso.

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