Amber já não acreditava mais no amor. Após anos de desilusões e promessas quebradas, ela havia se resignado à ideia de que o romance não tinha mais lugar em sua vida.
Porém, tudo mudou durante uma viagem profissional, quando se viu em um evento de networking promovido por seu pai, Steve. Foi nesse encontro que conheceu Marcos,
um amigo antigo da família com quem nunca havia tido a chance de se encontrar antes.Marcos era um homem intrigante, com uma presença serena e, ao mesmo tempo, marcante.
Seus olhos, escuros e profundos, pareciam guardar segredos que Amber estava ansiosa para descobrir. Sua calma contrastava com o ritmo frenético ao qual Amber estava acostumada.
Quando ele sorriu para ela, algo inexplicável aconteceu. Amber sentiu uma faísca de algo esquecido, uma sensação que há muito tempo não experimentava. «É um prazer te conhecer,
Amber», disse ele, com uma voz grave e envolvente, como se suas palavras tivessem o poder de aliviar qualquer peso.A conversa entre eles se desenrolou de forma fluida,
como se já tivessem compartilhado inúmeras histórias ao longo dos anos. Amber se surpreendeu com a facilidade com que se conectaram, rindo das mesmas piadas e trocando experiências de vida.
Porém, ao tentar partir, o carro de Amber não pegava. Foi Marcos quem se aproximou, com um sorriso tranquilo, arregaçou as mangas e, com destreza, resolveu o problema do veículo.
«Pronto», disse ele, limpando as mãos. «Agora você me deve um favor.»»Ah, é?», Amber brincou, sorrindo.»Um jantar», ele respondeu com um tom sério, mas suave.
Sem pensar muito, Amber aceitou a proposta. O jantar se transformou em outro, e mais outro, até que se viam sempre que podiam. Cada encontro parecia ter um significado mais profundo do que o anterior.
Meses depois, Amber estava em um café, refletindo sobre sua vida e suas inseguranças, quando Marcos surgiu com uma sugestão inesperada.
Ele a convidou para passar um fim de semana em uma casa isolada no campo, um local onde ambos poderiam conversar sem pressa e sem interrupções.
Amber se sentiu um pouco inquieta, mas aceitou o convite, com a sensação de que havia algo de especial em Marcos que ela não poderia deixar passar. Quando chegaram à casa no campo, o ambiente parecia mágico.
O silêncio ao redor, o céu estrelado e a paz que ela tanto desejava envolviam ambos em uma atmosfera única de pertencimento.Naquela noite, Marcos compartilhou com Amber algo que carregava dentro de si há muito tempo.
Ele falou sobre sua ex-mulher, Clara, que falecera anos antes, e como ainda sentia uma conexão com ela, como se sua presença estivesse, de alguma forma, ali, ao seu lado.
«Às vezes, sinto como se ela estivesse me observando, me incentivando a seguir em frente. A ser feliz de novo», disse ele, a voz embargada pela emoção.
Amber o olhou com uma mistura de surpresa e compaixão. Sabia o quanto Clara fora importante em sua vida, mas nunca imaginara que ele ainda guardasse tantas lembranças.
«Marcos», ela falou suavemente, «você não precisa carregar esse fardo sozinho. Eu estou aqui com você.»Ele a encarou, seus olhos refletindo uma tristeza profunda.
«Sempre pensei que o amor deveria ser perfeito, Amber. Que a vida seria diferente.»Amber segurou sua mão, apertando-a com delicadeza. «O amor não é perfeito. Ele é feito de momentos, de memórias,
de tudo o que compartilhamos com as pessoas que amamos. Mas isso não significa que você não possa ser feliz novamente.»Marcos a observou em silêncio, como se estivesse tentando compreender a profundidade de suas palavras.
Finalmente, ele sorriu, e Amber sentiu que o peso sobre ele começava a se dissipar. «Obrigado por me entender», disse ele, com um suspiro aliviado.Nos meses seguintes,
Amber e Marcos continuaram a construir uma relação sólida, alicerçada em compreensão e respeito mútuo. Ela percebeu, mais do que nunca, que o amor verdadeiro não exige perfeição.
Ele está em aceitar as imperfeições, nas cicatrizes que nos moldam e em seguir em frente, lado a lado.E assim, Amber descobriu que o amor pode renascer, mesmo após as maiores adversidades,desde que estejamos dispostos a abrir o coração para novas possibilidades.