Na noite antes do nosso casamento, meu noivo me enviou um ramo com uma nota que dizia: «Não quero»…

ENTRETENIMENTO

Na véspera do meu casamento, quando acreditava que a felicidade era algo finalmente conquistado, um mensageiro bateu à minha porta.

Com um sorriso, ele entregou um buquê de rosas vermelhas – uma tentativa de romantismo no meio da confusão dos últimos preparativos.

Minha madrinha Kelly, com um sorriso travesso, brincou: «Parece que Mark mal pode esperar para te ver.»

Expectativa. Eu estava pronta para ler algo doce, uma mensagem de amor. Talvez algo como: «Estou contando as horas para te chamar de minha esposa.» Mas, ao abrir o cartão, os dois simples versos que encontrei foram:

«Eu não quero.»

A sensação foi de um golpe certeiro. O ar pareceu sumir de repente, e o ambiente ao meu redor ficou frio, como se o mundo inteiro tivesse parado. O som das risadas que antes preenchia o espaço agora soava distante e vazio.

«O que isso quer dizer?» perguntou Kelly, observando meu silêncio, enquanto eu continuava ali, imóvel, apenas encarando o cartão.

Tentei ligar para Mark. Uma, duas, três tentativas… Nenhuma resposta. Meu coração parecia querer sair pela boca, e os minutos se arrastavam como se o tempo tivesse sido esticado ao extremo. Algo estava profundamente errado.

«Vamos até lá,» disse, decidida, enquanto me cobria com uma jaqueta. Kelly tentou protestar, mas minha vontade estava inabalável.

Quando chegamos ao apartamento de Mark, vi seu carro estacionado – pelo menos uma mínima prova de que ele estava ali. Bati na porta.

Mark abriu lentamente, com os olhos meio sonolentos, visivelmente perdido, mas sem um pingo de arrependimento. Atrás dele, estava Eric, seu irmão, que nos observava com um olhar desconfortável.

«Carly? O que você está fazendo aqui?» Mark perguntou, sem entender.

Levantei o cartão e, com a voz embargada, perguntei: «O que é isso, Mark? Vai desistir de tudo assim, por carta?»

Mark pegou o cartão, franziu a testa e respondeu, com voz baixa: «Eu não mandei flores.»

Eric se aproximou um pouco, lançando olhares entre nós. «Deve ser uma brincadeira, né?» sugeriu, tentando quebrar o clima tenso.

Kelly bufou, claramente desapontada. «Quem faria algo tão cruel?»

Eu estava tão confusa e magoada que não conseguia mais raciocinar. «Vamos conversar amanhã,» disse, quase sem forças, enquanto puxava Kelly de volta para o carro.

O amanhecer não trouxe alívio. Ao contrário, outra batida na porta. Desta vez, era Eric.

«Carly, precisamos falar,» disse ele, sua voz vacilante e os olhos evitando os meus.

Meu estômago se contraiu.

«Eu… eu mandei as flores.»

Fiquei estática, como se ele tivesse me dito que o céu estava caindo. «Você? Por quê?»

«Porque eu te amo,» ele sussurrou, as palavras saindo como um eco distante. «Há muito tempo.»

Minha mente estava em um turbilhão, tentando processar o que ele acabara de dizer. «Eric, você é irmão do Mark. Sabe o que está fazendo?»

Ele confirmou com a cabeça, a voz quase quebrando. «Eu não podia mais ver você se casando com ele. Pensei… pensei que, se você tivesse dúvidas, poderia me ver de outra forma.»

A raiva me consumiu de imediato. «Você arruinou o meu casamento para se declarar? Sabe o que causou com isso?»

Eric abaixou a cabeça, os ombros caídos de arrependimento. «Desculpa, eu errei. Mas eu precisava te contar.»

«Vai embora,» disse, com um tom frio. «Nunca mais se aproxime de mim.»

Mais tarde, contei tudo para Mark. Ele ouviu com calma, mas era evidente a tensão que tomava conta dele. Levantou-se e saiu sem uma palavra.

Fui com ele até a porta da igreja, onde ele finalmente encarou Eric. «Você ultrapassou todos os limites. Agora, não tem mais lugar para você na minha vida,» disse, com a voz firme, sem vacilar.

No final, nos casamos. A cerimônia foi pura magia, e o amor que compartilhávamos parecia ainda mais forte.

No entanto, nas horas mais silenciosas, eu não conseguia evitar lembrar do que quase destruiu tudo – o peso do que poderia ter sido.

Naquela noite, quando estávamos finalmente sozinhos, Mark me abraçou com força. «Nada vai nos separar,» ele disse, com uma convicção que me tranquilizou.

E, naquele momento, eu realmente acreditei. Pois o que quase nos quebrou, agora nos unia de uma forma ainda mais forte.

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