«Eu nunca amei minha esposa, e disse isso a ela várias vezes. Não é culpa dela — nós vivemos até que bem juntos.»

ENTRETENIMENTO

Nunca consegui nutrir um amor genuíno por minha esposa, Klara.

Apesar de sua dedicação irrepreensível e sua beleza que despertava a inveja de muitos, algo essencial sempre faltou: a chama do verdadeiro amor.

Vivíamos uma convivência tranquila, quase exemplar, mas dentro de mim crescia um vazio que ela, por mais perfeita que fosse, nunca conseguiu preencher.

A cada manhã, acordava com o desejo sufocante de partir, mas era refreado por um sentimento contraditório.

Klara era minha, e a ideia de outro homem ocupando meu lugar me consumia de ciúme e insegurança, mesmo que eu não a amasse.

Era um dilema cruel: não podia ficar, mas também não suportava a ideia de ir embora.

Finalmente, reuni coragem para ser honesto. Disse a Klara que nunca a havia amado e que queria deixá-la.

Ela ouviu minhas palavras com uma calma quase irreal e, para minha surpresa, respondeu que nunca amaria outro, mesmo sem mim ao seu lado.

A generosidade de suas palavras me abalou, mas, ainda assim, segui adiante com a separação.

Meses depois, descobri que ela havia encontrado outro homem e seguido sua vida, desmentindo suas promessas.

A casa que ela garantiu dividir comigo nunca foi compartilhada. Fiquei só, com um peso no coração que as palavras não conseguem descrever.

Agora, me vejo aprisionado em uma mistura de arrependimento e desconfiança, incapaz de acreditar novamente no amor.

Como reconstruir a fé em algo que parece tão frágil e volátil? Essa é a pergunta que me atormenta a cada dia que passa.

(Visited 191 times, 1 visits today)
Avalie o artigo
( Пока оценок нет )