Vizinhos obrigam-me a colocar uma cerca para esconder o carro ‘feio’ no meu quintal — Uma semana depois pedem-me para o remover

ENTRETENIMENTO

O velho Chevy Impala de 67, que herdei do meu pai, era para mim muito mais do que apenas um pedaço de ferrugem — era uma relíquia, uma ligação com meu pai. Mas meus vizinhos não viam isso da mesma forma.

O que começou como uma pequena discussão sobre uma «mancha feia» rapidamente se transformou em algo que nenhum de nós esperava, transformando nossa pacata rua suburbana em um lugar que nunca poderíamos ter imaginado.

O Chevy Impala do meu pai, que herdei, era antigo e negligenciado. Para a maioria das pessoas, era apenas uma carcaça enferrujada, mas para mim, era uma lembrança valiosa, um projeto que eu queria honrar. O carro estava estacionado no meu quintal porque minha garagem estava cheia de ferramentas e peças de reposição.

Eu sabia que ele não era muito bonito no momento, mas estava economizando dinheiro e procurando tempo para trabalhar nele. No entanto, meus vizinhos pensavam diferente.

Numa tarde ensolarada, eu estava do lado de fora, examinando o Impala, quando uma lembrança me veio à mente. Meu pai, Gus, havia me mostrado como trocar o óleo. Seus bigodes densos tremiam quando ele sorria.

«Está vendo, Nate? Não é ciência espacial. Só precisa de paciência e força», ele disse. Eu passei a mão sobre a pintura desbotada e me perdi em pensamentos, quando uma voz estridente e ríspida me trouxe de volta à realidade.

«Com licença, Nate? Podemos conversar sobre… isso aqui?»

Eu me virei e vi Karen, minha vizinha, apontando para o Impala com uma expressão de desgosto.

«Oi, Karen. O que foi?» perguntei, embora já suspeitasse do que ela queria.

«Esse carro. É uma vergonha. Está desfigurando toda a nossa rua», disse ela, cruzando os braços.

Eu suspirei. «Eu sei que ele não está bonito agora, mas planejo restaurá-lo. Esse carro era do meu pai—»

«Não me importa a quem ele pertenceu», interrompeu Karen. «Você precisa removê-lo. Ou, pelo menos, escondê-lo.»

Antes que eu pudesse responder, ela se virou e voltou para sua casa. Eu a observei sair e senti um nó crescendo no meu estômago.

Naquela noite, contei à minha namorada Heather sobre o incidente durante o jantar.

«Você acredita nisso? Parece que eles não entendem o que esse carro significa para mim», eu disse, mexendo na minha salada.

Heather segurou minha mão sobre a mesa. «Eu te entendo, amor. Mas talvez você pudesse tentar trabalhar no carro mais rápido? Só para mostrar que está fazendo progresso?»

Eu concordei com a cabeça, mas no fundo sabia que não era tão simples. As peças de reposição eram caras, e meu tempo era escasso.

Uma semana depois, cheguei em casa e encontrei uma notificação da prefeitura debaixo do limpador de para-brisa do meu «veículo não utilizado». Meu estômago se apertou ao ler a mensagem.

«Remova o veículo ou esconda-o atrás de uma cerca», dizia a nota.

Eu amassei o papel na minha mão, sentindo a raiva crescer dentro de mim. Isso era absurdo. Eu precisava de conselhos.

Liguei para meu amigo Vince, também um amante de carros. «Ei, cara, tem um minuto? Preciso do seu conselho sobre uma coisa.»

«Claro, o que está acontecendo?» A voz de Vince era nítida ao telefone.

Expliquei a situação, e minha frustração aumentava a cada palavra.

Vince ficou em silêncio por um momento antes de falar. «Construa uma cerca», disse ele lentamente, «mas com uma surpresa.»

«O que você quer dizer com isso?» perguntei, curioso.

«Espere e veja. Vou passar aí no fim de semana. Isso vai ser divertido.»

Naquele fim de semana, Vince apareceu com um caminhão cheio de madeira e tinta. Passamos os dois dias seguintes construindo uma cerca alta ao redor do meu quintal.

Enquanto trabalhávamos, Vince explicou seu plano. «Vamos pintar um mural do Impala na cerca. Cada amassado, cada ponto de ferrugem. Se eles querem esconder o carro, vamos garantir que nunca o esqueçam.»

Eu sorri, adorando a ideia. «Vamos fazer isso.»

Passamos todo o domingo pintando. Nenhum de nós era artista, mas conseguimos criar uma reprodução bem fiel do Impala na cerca. Até exageramos um pouco nas imperfeições para garantir.

Quando nos afastamos para admirar nosso trabalho, senti uma certa satisfação. Vamos ver o que os vizinhos vão dizer agora, pensei.

Não precisei esperar muito para descobrir. Na tarde seguinte, alguém bateu na minha porta. Eu a abri e vi Karen, flanqueada por um grupo de vizinhos. Seus rostos eram uma estranha mistura de raiva e desespero.

«Nate», começou Karen, sua voz tensa, «precisamos falar sobre a cerca.»

Eu me encostei no batente da porta, tentando esconder meu divertimento. «O que tem ela? Eu fiz o que vocês pediram. O carro agora está escondido.»

Um dos outros vizinhos, um homem mais velho chamado Frank, tomou a palavra. «Olha, garoto, sabemos que pedimos para você esconder o carro, mas… bem, esse mural… isso é demais.»

Eu levantei uma sobrancelha. «Demais? O que você quer dizer com isso?»

Karen suspirou pesadamente. «É pior do que o próprio carro. É como se você tivesse transformado seu quintal inteiro em… em…»

«Uma exposição de arte?» sugeri, incapaz de esconder o sarcasmo na minha voz.

«Em uma mancha feia», finalizou Karen, decidida. «Preferimos ver o carro real do que esse… esse monstro.»

Eu cruzei os braços, talvez aproveitando um pouco demais o desconforto deles. «Então, deixe-me ver se entendi. Vocês reclamaram do meu carro, me obrigaram a gastar dinheiro com uma cerca, e agora querem que eu a derrube?»

Todos acenaram com a cabeça, mas pareciam culpados.

Eu pensei por um momento e então disse: «Tudo bem, vou derrubar a cerca, com uma condição. Todos vocês concordam em não reclamar mais do carro enquanto eu o restauro. Combinado?»

Eles trocaram olhares e então concordaram, relutantemente. Quando se afastaram, pude ouvi-los sussurrando baixinho entre si.

No dia seguinte, comecei a derrubar a cerca. Enquanto trabalhava, notei que alguns vizinhos observavam com interesse.

Um deles, um homem chamado Tom, até veio falar comigo.

«Sabe, Nate, eu nunca realmente prestei atenção nesse carro», disse ele, apontando para o Impala. «Mas agora que vejo de perto, ele tem potencial. Qual é o ano de fabricação?»

Eu sorri, sempre disposto a falar sobre o carro. «É um ’67. Meu pai o comprou quando eu era criança.»

Tom acenou com a cabeça, reconhecendo. «Legal. Sabe, meu irmão é louco por carros antigos. Posso ligar para ele se você precisar de ajuda na restauração.»

Fiquei surpreso com a oferta. «Isso seria ótimo, de verdade. Obrigado, Tom.»

Nas semanas seguintes, meu projeto se espalhou pela vizinhança. Para minha surpresa, alguns entusiastas de carros começaram a aparecer para ver o Impala e oferecer conselhos ou ajuda.

Num sábado de manhã, enquanto eu trabalhava no motor, ouvi uma voz familiar atrás de mim.

«Então, esse é o carro famoso, hein?»

Eu me virei e vi Karen ali, um pouco insegura, mas curiosa.

«Sim, esse é ele», eu disse, enquanto limpava as mãos com um pano.

Karen se aproximou e olhou para o motor. «Tenho que admitir que não sei muito sobre carros. O que você está fazendo agora?»

Expliquei o básico do que eu estava trabalhando, surpreso com seu interesse.

Enquanto conversávamos, mais e mais vizinhos começaram a se reunir ao nosso redor, ouvindo e fazendo perguntas.

Antes que eu percebesse, meu quintal havia se transformado em uma espécie de festa improvisada de bairro.

Alguém trouxe uma caixa térmica com bebidas, e as pessoas começaram a contar histórias sobre seus primeiros carros ou lembranças de modelos clássicos que já tiveram.

Quando o sol começou a se pôr, me vi cercado por vizinhos que riam e conversavam. Até mesmo Karen parecia estar se divertindo.

Olhei para o Impala, ainda enferrujado e negligenciado, mas de alguma forma, agora parecia menos uma mancha feia e mais um símbolo de comunidade.

Nos meses seguintes, muitos vizinhos me ajudaram na restauração. Tom trouxe seu irmão, que era um especialista em motores antigos. Vince vinha quase todos os fins de semana, e até mesmo Karen oferecia sua ajuda de vez em quando.

Passo a passo, transformamos o Impala de uma carcaça enferrujada em um clássico reluzente.

O dia em que liguei o motor pela primeira vez, e o profundo ronco do V8 ecoou pela rua, foi um momento inesquecível. Os vizinhos aplaudiram, e eu senti que não só havia restaurado um carro, mas também algo muito mais valioso — uma comunidade.

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